12 de outubro de 2001 Dia das Criança Várias festa espalhada na periferia No Parque Santo Antônio hoje teve uma festa Foi bancada pela irmandade, uma organização Tavam confeccionando roupa lá no Parque Santo Antônio lá Lutando Remando contra a maré Mas tá lá tá firme Tinha umas 300 pessoa Só, na festa das criança Comida, música Tinha um grupo de rap de uma menininha de 10 ano Cantando muito Aí saímo de lá voado E fomo numa otra quermesse de rua também, Na Vila Santa Catarina Lá do outro lado da Zona Sul Quase no Centro E chegamo lá A festa num tinha começando ainda Aí no caminho passamo por uma favela assim E trombamo com uns molequinho jogando bola e tal E começamo a provocar "Ei moleque, ce é santista, tal." "Não, eu sou corintiano." Eu falei "Ei, Marcelinho vai 'rebentar vocês." Os moleque vinho naquela idéia de jogo Daí eu comecei a pesar do lado dos moleque "E aí, mano, e aí, tá estudando e tal." Aí o moleque falou assim "Ih, esse aqui hoje xingou a mãe dele." Aí eu falei assim "Porque você xingou sua mãe?" "Ah, porque..." Não, nem foi isso, ele falou assim Eu falei "Ganhou, vocês ganharam presente?" Eu perguntei Num foi não, Neto "Vocês ganharam presente?" Aí ele falou "Ganhei foi um tapa na cara hoje." Aí eu falei "Porque você tomou um tapa na cara?" "Ah, minha mãe deu um tapa na minha cara, foi isso que eu ganhei, não ganhei presente não." Falou assim, ó, bem convicto mesmo Aí eu falei assim "Porque você tomou um tapa na cara?" "Ah, porque eu xinguei ela." "Ma', porque você xingou ela?" "Ah, lógico, todo mundo ganhou presente e eu não ganhei porque?" Aí eu fiquei pensando, né mano Como uma coisa gera a outra Isso gera um ódio O moleque com 10 ano, pô Tomar um tapa na cara No dia das criança Eu fico pensando Quantas morte, quantas tragédia em família, o governo já não causou Com a incompetência Com a falta de humanidade Quantas pessoas num morrero De frustração, de desgosto Longe do pai, longe da mãe Dentro de cadeia Por culpa da incompetência desses daí Entendeu Que fala na televisão Fala bonito Come bem Forte, gordo Viaja bastante Tenta chamar os gringo aqui 'pa dentro Enquanto os próprio brasileiro tão aí, ó jogado No mundão Do jeito que o mundão vier Sem nenhum plano tra, traçado Sem trajetória nenhuma Vivendo a vida Só E o moleque era mó revolta, vai vendo Moleque revolta E ele tava friozão Jogando bola lá, tal Como se nada tivesse acontecido Ali marcou pra ele Talvez ele tenha se transformado numa outra pessoa aquele dia Vai vendo o barato Dia das criança.
Aí promotor o pesadelo voltou Censurou o clipe mas a guerra não acabou Ainda tem defunto a cada 13 minutos Na cidade entre as 15 mais violentas do mundo A classe rica ainda dita a moda do inferno Colete à prova de bala embaixo do terno No ranking do sequestro 4º do planeta 51 por ano com capuz e sem orelha Continua apologia na panela do barraco Ao empresário na Cherokee desfigurado 180 mil presos, menor decapitado, cabeça arremessada no peito do soldado O sistema carcerário ainda é curso pra latrocínio Nota 10 no ensino de queimar seguro vivo Família amarrada, miolo pelo quarto Hollow point no doutor pra ver dólar no saco Destaque da TV, sensacionalista Que filma sem pudor o trabalho da perícia Contando buraco no crânio do corpo do pai morto Pela Glock que o sistema porco põe no morro Mas pra mim é 286 quando falo do sangue que escorre do pescoço do vigia, Dentro do carro forte, quanto descaso pra periferia Transformar meu povo em carniça Tem facção na pista Sanguinário na rima Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Não tem inquérito pra TV que tem a vadia nua novela da 6, 7, 8 sem critério nem censura É só meu rap que é nocivo pro sistema hipócrita A justiça não quer ouvir que o moleque que o pai da as costas Pode invadir seu ap, derruba sua porta Mata seu parente pra paga treta de droga Se tem sangue eu canto sangue Se tem morte eu canto morte Relato que leva o ladrão pro cofre Não sou eu que coloco o mano lá no banco Estourando o gerente, saindo trocando Foi na TV que eu vi parte da polícia deitada Assistindo o resgate, dominada desarmada Delegada chorando desistindo do emprego Meu clipe ainda era um sonho e é real o pesadelo Eu não preciso estimula o latrocínio Nem o sequestro relâmpago de um empresário rico O brasil não dá escola, mas dá metralhadora O brasil não dá comida, mas põe crack na rua toda Não vem me colocar de bode expiatório País falso moralista é você que quer velório Aí tia da mansão, fazendo oração Esperando o contato do sequestrador em vão Seu filho deve tá morto, quer saber por quê? Combater violência aqui é me calar ou me prender Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Porquê não olham pro moleque sem infância no morro De oitão na cinta, sangue na mente, apetitoso Homicídio latrocínio só profetiza o óbvio Cercado pelo crack a consequência é óbito Vendo sua mãe catando fruta apodrecida Rasgando o lixo, comendo o resto da burguesa galinha metida Que quando vê um da favela pisa, acelera Pra essa cadela só é gente quem tem lagosta na panela A criança vira um monstro com 13 no pente Quando percebe que a propaganda de bike, videogame Play center, tênis, Danone, Mclanche É só pro filho da madame Carboniza um corpo, desfigura o rosto Quando vê que pra ele é só pipa, água de esgoto Não é desculpa pra revolta porque não é seu filho O seu tá de Audi, alimentado, bem vestido Vai se tornar empresário bem sucedido Não vai precisar gritar assalto em nenhum ouvido Facção é só um retrato da guerra civil brasileira Da carnificina rotineira Assusta menos que o menor muito louco espalhando seu miolo pelo visor Do caixa eletrônico Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Pode censurar, me prender, me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar
Não queria o moleque com a faca na mão ajoelhando o tio grisalho, querendo seu cartão Queria só rimar choro de alegria mas na favela não tem piscina, armário com comida É só gambé gritando ''deita!'' pro mano de escopeta que na fita do pagamento fuzilou o dono da empresa O cuzão que não concorda com o holocausto brasileiro vive no condomínio, limpa o rabo com dinheiro, Quer o sangue do ladrão, bebendo o seu uísque protegido na ilusão da grade da suíte Sua paz tá no luto decretado pelo tráfico, o comércio fechado tipo feriado Tá na bala perdida do fuzil varando sua porta, explodindo teu mundo rosa, te pondo na cadeira de rodas, na gravação do circuito interno do Bradesco roubo a bando querendo um enterro, ladrão trocando pra não ser preso No céu não tem deus, só o helicóptero da polícia descarregando uma traca no fugitivo da delegacia Aqui o Corujão só passa bang bang no fim do arco-íris o dono do jato vomita sangue Leva vigia, colete e blindagem pra ir pro restaurante senão é viúva chorando e Ômega zero no desmanche Não vou rimar felicidade no meu rap, se aqui, filho da puta, a marcha fúnebre prossegue A paz tá morta, desfigurada no IML A marcha fúnebre prossegue [4x] Tá rindo, quer dançar, quer se divertir? Meu relato é sanguinário, playboy não vai curtir Sou homem pra falar que o moleque do pipa esquecido um dia troca tiro com a polícia Não simulo sentimento pra vender CD não vou falar de paz vendo a vítima morrer, Dendo no DP o mano cumprindo pena, matando o seguro pra ter transferência Vendo a criança no Norte comendo cacto, o gambé desovando mais um corpo no mato Não iludo o casal dirigindo feliz à pampa fora da blindagem é um sonho a segurança Quando o portão automático da goma subir, prepare a senha do cofre pro ladrão abrir Que deus deixe ele encontrar, madame, sua esmeralda senão ele arranca seu coração na faca A polícia vai chegar só pra fazer perícia quando alguém se incomodar com o cheiro de carniça No balcão uma com limão pra esquecer o desemprego e bater na mulher quando chegar a noite bêbado Desde às 4 da manhã e nem vaga pra lavar privada o mano perde a calma, mata a família e se mata Caixão lacrado não estimula verso alegre aqui, filho da puta, a marcha fúnebre prossegue A paz tá morta, desfigurada no IML A marcha fúnebre prossegue [4x] Queria que a vida fosse igual na novela: jet ski na praia, esqui na neve europeia Sem pai de família gritando assalto ou sendo feito de escravo com 151 por mês de salário Que não enche nem metade de um carrinho no mercado, não paga a luz e água, o aluguel do barraco Aqui pro cidadão honesto ter um teto só pondo o fogão na cabeça e invadindo o prédio Saindo na mão com o PM do Choque, sobreviver do tiro da reintegração de posse Pergunta pro tio do terreno invadido no escuro o que é um trator transformando tua goma em entulho Arrombado que me critica, me mostre o povo sorrindo de carro, casa própria, churrasco no domingo Será que é miragem o mendigo que come osso, gambé porco que pela tua cor deforma seu rosto? O menino com a 380 que rouba o carro e dá fuga deixando a burguesa mutilada sem metade da nuca? Quem vê violência só na tela da TV só vai ouvir Facção e conseguir entender quando tiver amarrado dentro do porta mala rezando pro ladrão não enfiar bala Quando trombar a dor, vai enxergar o verdadeiro rap o filho da puta vai sentir que a marcha fúnebre prossegue A paz tá morta, desfigurada no IML A marcha fúnebre prossegue [4x]
Fértil como a terra preta é a mente do vilão Quem vem lá, seis função vindo de galachão (peraê) [Black Rio] Você não sabe de onde eu vim Você não sabe o que é sofrer Cosa Nostra tá chegando aí E todo mundo vai saber [Du Bronks] Pode par que não dá ímpar, sou Du Bronk's Entre lobos e hienas passo á vonts No volante do fusquinha essa é a visão Coleta das verdinhas dividindo o pão Febre da ZS, vida gangsta Rimas e brilhantes, Cosa Nostra Perigo do caraio, a vida é passageira Chega de ensaio, a cena é verdadeira A banda é a Black Rio, a musica traz sorte Representa Brown, chega Don Pixote Do lado dos monstrões, Willian Magalhães Nessa qualidade vem alguns milhões Não sabe de onde eu vim, talvez não vai saber O Rosana tá aí, agora é pra valer.. [Pixote] Vamo caminhando observando, tenho uns planos executando Na terra da garoa tá lucrando Andando contra o vento, vou vivendo um clima tenso Revolver na cintura de All Star e lenço A Cosa Nostra vem, só pra contar as de cem O bang loko tá aqui, com a Black Rio zen Alguns pipocas vem, a arma tá sem trava Sem silenciador pra oureiada, vai pras nuvem Em campo de novo, pode vir, tem vitória A maioria é o povo, só quer fazer o bem Nego faz refém, os branco que aqui tem Só pega o que tá dentro da mala sem ferir ninguém Salve FEBEM, me inspiro com o Wu Tang Canta a realidade das ruas que te leva além É o fim que vem, tipo o Ryu e o Ken Quem representou bem demonstrou ter coragem [Black Rio] 'Você não sabe de onde eu vim' [Mano Brown] E no principio era trevas, no inicio do inicio Um cego leva uma leva. a um passo do precipício Não de som nem de erva, louco de solidão No principio era trevas, Malcom foi Lampião Lâmpadas para os pés, negros do dois mil e dez Fã de mumia Abu Jamal, Hosama, Sadã, Al-Kaeda, Talibã Iraque, Vietnã Contra os boys, contra o GOE, contra a Ku-Klux-Klan E o Japan, de manhã, dando um pelé nos Rocam Pé-de-porco é pé frio, dos seis é meia de lã (hã,hãhahã,hã,hã) E o blunt é de maçã, tá firmão, tá suave,sem flagrante na nave Sou crioulo, sou chave, e elas gostam assim Não ando sozinho, sabe, tenho vários por mim Olha! enquadraram os patrícios, vixe, o molho azedou Abandonaram o Peugeot, pularam o muro a milhão Só se for, vai que vai, os moleque é zica carai, da trabalho Né? na selva a gente é o que é, porque não tem alarme bom quando o bom ladrão quer Vocês dão taça de veneno e quer suflair? Fértil como terra preta é a mente do vilão, Quem vem lá, seis função vindo de galachão O coração da quebrada percorrendo as artérias Vão, vão, nunca em vão, espalhando os sonhos em grãos Na contenção sem férias, nem cor nem close, um alvo sem pose Magrelo chavão desde os doze Meu país demonstrou vergonha de ter minha cor (hã,hã) Seus cuzão, né pra qualquer um memo não Enquanto a vanguarda negra e a vã, filosofia sã Fundão, meu divã Inédito tenha fã,preimer, não durma no barulho É a Banda Black Rio na porra do bagulho [Black Rio](3x) Você não sabe de onde eu vim Você não sabe o que é sofrer Cosa Nostra tá chegando aí E todo mundo vai saber
"Madrugada de domingo em São Paulo... " "O show da virada cultural terminou em meio a uma gigantesca confusão Foi a apresentação do grupo de rap Racionais Mc's" "Racionais... " "Racionais Mc's... " "Foi na praça a Sé, uma verdadeira praça de guerra... " "Bombas de efeito moral e balas de borracha... " "Desesperadas as pessoas tentavam fugir do confronto" "Vem pra cá... Vem pra cá" "quer dizer, a polícia não poderia ter evitado? " "até que ponto o uso de bala de borracha e gás lacrimogênio não acaba aumentando a confusão? " "Tem que pensar com inteligência. O cara tem que ter inteligência, certo? Essa correria ai de um lado pro outro só vai machucas as pessoas" Uma faísca, uma fagulha, uma alma insegura Uma arma na cintura, o sangue na moldura Uma farda, uma armadura, um disfarce, uma ditadura Um gás lacrimogênio e algema não é a cura, é luxuria. Uma censura, tentaram e desistiram Pularam atrás da porta, filmaram e assistiram Pediram o nosso fim, forjaram uma lei pra mim Tiraram o nosso foco dos bloco e o estopim Tentaram eliminar, pensaram em manipular Tentaram, não bloquearam a força da África Chamaram a Força Tática, Choque a Cavalaria Polícia despreparada, violência em demasia! Mississípi em chamas, sou fogo na Babilônia Tragédia, vida real com a mão de um animal Brutal com os inocentes, crianças, velhos, presentes Ação inconsequente, covarde e desleal Os moleque com pedra e pau Polícia com fuzil, bomba, carro pegando fogo Porta de aço, tomba, a mãe que chama o filho Enquanto toma um tiro, alguém perdeu alguém A alma no gatilho, fugir para o metrô Tumulto no corredor, pisotearam alguém Que ali mesmo ficou nas ruas adjacentes A cena era presente, destruição e guerra O mundo que desabou, ho! "05h30 da manhã e a polícia ainda encontrava dificuldade pra controlar a multidão" "A praça a Sé parece nesse momento uma praça de guerra. Muito vidro quebrado pelo chão e lixo espalhado por todo lado" "11 pessoas foram presas e quatro ficaram feridas" "A prefeitura vai assumir todas as suas responsabilidades... E dará todo apoio as pessoas que tiveram algum dano relacionado ao incidente" "Os Racionais... "
A verdade só machuca uma vez É o caminho pra te libertar As estórias que eles contam pra vocês São apenas lendas pra te acorrentar Outra vez Quantas vidas mais vocês vão levar? Meu povo já não quer mais chorar Promessas não tem validade Diz quando vai mudar [Rod] Eu sei que isso eu vou falar pro meu filho Quem morre de verdade é quem puxa o gatilho Eu visei poder mental, eles poder aquisitivo Essa é a diferença Cês pegaram o trem, mas nós que fizemos os trilhos Dê flores aos vivos Quem se foi não foi esquecido Eu sigo propagando amor até pros inimigo Mesmo com o jornal plantando ódio pra esse massa inteira Bota a tarja preta no meu rosto, mas não somos monstro Se morrer um de nós, nós morremos todos Renascemos forte como touro, faro tipo lobo Mago tipo Dumble, raro tipo ouro Multiplico o dobro Flow que nem Besouro Brasileiro tipo capoeira É livre mas me sinto preso, mesmo sem cadeia Igual os irmãos que tão com GPS na tornozeleira Presidente vende tudo e não passa batido A tia esconde a bolsa e ta votando nos bandidos Problemas eu medito, caminho nas viela Cês fazem documentário, mas não entendem de favela É o beat do LK e as verdades que eu trafico Eu não minto Eu vim aqui pra falar o que tem que ser dito [MV Bill] Mesmo para quem não acredita Ainda que a mídia omita Sentimento que grita A gente bota fé nessa fita Não tem jeito a verdade tem que ser dita É bom se ligar Mesmo para quem não acredita Ainda que a mídia omita Sentimento que grita A gente bota fé nessa fita Não tem jeito a verdade tem que ser dita Hora de lutar [LK] Revolução musical, original que derruba as réplicas Na era da iluminação sintética Meu som fiz de arma química, benéfica Sou pó que lava a alma e não que suja Eu to agindo na madruga que nem vendedor de droga, eu trago a fuga Essa indústria satura, a gente te atura, porra é fagulha, é uma jura Nós vamo acabar com a sua turma Os cana me olha é só dura Eu vou pra Saturno, mente imatura Foda se o seu glamour e luxuria, é ficticio EI presidente aqui quem fala é da terra Nós voltamos forte como reza, prece tipo vela Sem lei pique selva Tiro igual peneira, vida sem da trégua Flow que nem Bezeira Brasileiro tipo morro em guerra Rapper, tenho visto que seus números são inacreditáveis, confirma Você que é uma vergonha Afinal só tem dois tipos de MC Os mestres e os que, só tão aqui pra fazer cerimonia [MV Bill] Mesmo para quem não acredita Ainda que a mídia omita Sentimento que grita A gente bota fé nessa fita Não tem jeito a verdade tem que ser dita É bom se ligar Mesmo para quem não acredita Ainda que a mídia omita Sentimento que grita A gente bota fé nessa fita Não tem jeito a verdade tem que ser dita Hora de lutar Eles não querem que a gente pense Convoco as favelas e os irmãos da Baixada Fluminense Pra ocupar espaço, sem largar o aço, segue no compasso Quando o povo ta unido contra os porcos é arregaço Várias coisas fora da ordem Manipuladores pensam que tudo pode Sufocando quem trabalha, nunca foge da batalha Ficha limpa, não dá falha Presidido por canalha, calhorda Pela nossa vigilância ta na corda bamba O ex governador foi pra cadeia, ai caramba O castelo ruiu, a quadrilha caiu Foi de ralo, vazou e babou É foda O moralizador sem moral Desmoralizando o povo e a federação estadual Eles promovem guerra e sonham com tranquilidade Cada um no seu quadrado, choque de realidade Fechar com meus irmãos, na reflexão, pegando a visão Para alguns isso é coisa de preto Minha declaração é do bem, sem arma na mão Só que o caso é grave então a paz não prometo Governantes sem demagogia, sem hipocrisia Sendo certo pelo certo a mili ano é coisa rara O mesmo vale pro povo que tá vontando de novo nos vermes E ninguém toma vergonha na cara
É necessário sempre acreditar que o sonho é possível Que o céu é o limite e você, truta, é imbatível Que o tempo ruim vai passar, é só uma fase E o sofrimento alimenta mais a sua coragem Que a sua família precisa de você Lado a lado se ganhar pra te apoiar se perder Falo do amor entre homem, filho e mulher A única verdade universal que mantém a fé Olhe as crianças que é o futuro e a esperança Que ainda não conhece, não sente o que é ódio e ganância Eu vejo o rico que teme perder a fortuna Enquanto o mano desempregado, viciado, se afunda Falo do enfermo irmão, falo do são então, Falo da rua que pra esse louco mundão Que o caminho da cura pode ser a doença Que o caminho do perdão às vezes é a sentença Desavença, treta e falsa união A ambição é como um véu que cega os irmãos Que nem um carro guiado na estrada da vida Sem farol no deserto das trevas perdidas Eu fui orgia, ébrio, louco, mas hoje ando sóbrio Guardo o revolver enquanto você me fala em ódio Eu vejo o corpo, a mente, a alma, o espírito Ouço o refém e o que diz lá no canto lírico Falo do cérebro e do coração Vejo egoísmo, preconceito de irmão para irmão A vida não é o problema, é batalha, desafio Cada obstáculo é uma lição, eu anuncio É isso aí voce não pode parar Esperar o tempo ruim vir te abraçar Acreditar que sonhar sempre é preciso É o que mantém os irmãos vivos Várias famílias, vários barracos uma mina grávida E o mano tá lá trancafiado Ele sonha na direta com a liberdade Ele sonha em um dia voltar pra rua longe da maldade Na cidade grande é assim Você espera tempo bom e o que vem é só tempo ruim No esporte no boxe ou no futebol Alguém sonhando com uma medalha o seu lugar ao sol Porém fazer o quê se o maluco não estudou 500 anos de Brasil e o Brasil aqui nada mudou "Desespero ali, cena do louco, invadiu o mercado farinhado, armado e mais um pouco" Isso é reflexo da nossa atualidade Esse é o espelho derradeiro da realidade Não é areia, conversa, chaveco Porque o sonho de vários na quebrada é abrir um boteco Ser empresário não dá, estudar nem pensar Tem que trampar ou ripar para os irmãos sustentar Ser criminoso aqui é bem mais prático Rápido, sádico, ou simplesmente esquema tático Será instinto ou consciência Viver entre o sonho e a merda da sobrevivência "O aprendizado foi duro e mesmo diante desse revés não parei de sonhar, fui persistente porque o fraco não alcança a meta Através do rap corri atrás do preju e pude realizar o meu sonho por isso que eu afro X nunca deixo de sonhar" Conheci o paraíso e eu conheço o inferno Vi Jesus de calça bege e o diabo vestido de terno No Mundo moderno, as pessoas não se falam Ao contrário se calam, se pisam, se traem e se matam Embaralho as cartas da inveja e da traição Copa, ouro e uma espada na mão O que é bom pra si e o que sobra é do outro Que nem o sol que aquece, mas também apodrece o esgoto É muito louco olhar as pessoas A atitude do mal influencia a minoria boa Morrer à toa e que mais, matar à toa e que mais Ir preso à toa, sonhando com uma fita boa A vida voa e o futuro pega Quem se firmou, falo Quem não ganhou, o jogo entrega Mais uma queda em 15 milhões Na mais rica metrópole, suas várias contradições É incontável, inaceitável, implacável, inevitável Ver o lado miserável se sujeitando com migalhas, favores Se esquivando entre noite de medo e horrores Qual é a fita, treta, cena A gente reza, foge, e continua sempre os mesmos problemas Mulher e dinheiro tá sempre envolvido Vaidade, ambição munição pra criar inimigo Desde o povo antigo foi sempre assim Quem não se lembra que Abel foi morto por Caim Enfim quero vencer sem pilantrar com ninguém Quero dinheiro sem pisar na cabeça de alguém O certo é certo na guerra ou na paz Se for um sonho, não me acorde nunca mais Roleta russa quanto custa engatilhar Eu pago o dobro pra você em mim acreditar "É isso aí, você não pode parar Esperar o tempo ruim vir te abraçar Acreditar que sonhar sempre é preciso É o que mantém os irmãos vivos" Geralmente quando os problemas aparecem A gente tá desprevenido né não? Errado É você que perdeu o controle da situação Perdeu a capacidade de controlar os desafios Principalmente quando a gente foge das lições Que a vida coloca na nossa frente ta ligado? Você se acha sempre incapaz de resolver Se acovarda moro O pensamento é a força criadora O amanhã é ilusório Porque ainda não existe O hoje é real É a realidade que você pode interferir As oportunidades de mudança Tá no presente Não espere o futuro mudar sua vida Porque o futuro será a consequência do presente Parasita hoje Um coitado amanhã Corrida hoje Vitória amanhã Nunca esqueça disso, irmão.
-Então Cocão, aí, não leva a mal não, mas aí vai fazer um tempo que eu tô querendo fazer essa pergunta pra você. Tem como você falar daquele acidente lá, eu sei que é meio chato, embaçado. -É nada, você quer saber a gente fala né mano. Vamos lá. Foi dia ó, eu lembro que nem hoje ó, vixe até arrepia, dia 14 de outubro de 94, eu tava morando no Leblon tá ligado, aí o Opala tava na oficina do di, a gente ia fazer um barato a noite, a gente ia se trombar em Pinheiros, eu não sei se você se lembra, porque você ia com o Kleber direto pra Pinheiros, você ia direto, e nós, eu o Brown ia pra Zona Sul. Naquela noite eu acordei e não sabia onde estava/ Pensei que era sonho, o pesadelo apenas começava/ Aquela gente vestida de branco/ Parecia com o céu, mas o céu é lugar de santo/ Os caras me perguntando: E aí mano cê tá legal?/ Cheiro de éter no ar nunca é bom sinal/ Dor de cabeça, tontura/ Aquela sala rodava estilo brisa de droga, loucura/ Sangue na roupa rasgada/ Fio de sutura me costura, porra gente não vale nada/ Do que adianta você ter o que quer/ Sucesso, dinheiro, mulher, beijando seu pé/ E num piscar de olhos é foda/ Você é furado igual peneira ou sem valor numa cadeira de roda/ (O que que eu tô fazendo aqui, não quero admitir, agora é tarde, tarde, tarde...)/ Lamento, meus parceiros me contaram/ Cena após cena, passo a passo que presenciaram/ Mano foi um arregaço na Marginal/ Você capotou, teve até uma vítima fatal/ Da Zona Sul e tal, sentido ao centro/ Uma da manhã, lembrei daquele momento/ Vários Opalas, mó carreata/ E eu logo atrás da primeira barca diplomata/ Tô dirigindo ali no volante/ Opala cinza escuro, 2pac no alto-falante/ Por um instante tive um mal pressentimento/ Mas não liguei, não dei conta, não tava atento/ Que merda, um cara novo morreu/ Fatalidade é uma imprudência, divergência, fudeu/ Ele deixou uma mulher que esperava um filho/ Um evangélico que nem conheceu o filho/ Um suspiro perdi a calma/ Vi uma faca atravessando a minha alma/ Olhei no espelho e vi um homem chorar/ A mídia, a justiça, querendo me fuzilar/ Virei notícia, 1ª página/ Um paparazzi focalizou a minha lágrima/ Um repórter da Globo me insultou/ Me chamava de assassino aquilo inflamou/ Tumultuou, nunca vi tanto carniceiro/ Me crucificaram, me julgaram no país inteiro/ Pena de morte, se tiver sorte/ Cadeira elétrica se fosse América do Norte/ Opinião pública influenciada/ Era o réu sem direito a mais nada/ Meu mundo tinha desabado/ Na lei de Deus fui julgado, na lei do homem condenado/ -Então Kleber, o cara morreu mano! -É então, agora é daqui pra frente Cocão. Não tem mais jeito, tá ligado, não se abala não, tem que ficar firme, nóis tá junto aí! Dois anos e poucos de audiência/ Pra mim já era o início da minha penitência/ Aquele prédio no Fórum é mó tortura/ Ali na frente sempre para várias viaturas/ O movimento é intenso o tempo inteiro/ Parece o trânsito, o tráfego, um formigueiro/ Advogado pra cima, pra baixo/ Ganhando dinheiro com mais um réu, eu acho/ Registrei um cara algemado num canto/ De cabeça baixa, me parecia um cara branco/ Esperando a vez de ser solicitado/ Julgado, talvez até se pá libertado/ Escoltado, vários gambé/ Esse aí não deve ser um preso qualquer/ Com a mão pra trás olhando pra parede/ Fui beber água, me deu mó sede/ Uma ligação com urgência/ Meu advogado, com o resultado da sentença/ O celular tava falhando/ Não dá pra escutar, mas eu tô indo pra aí falou, tô chegando/ É irmão, fui de metrô/ Aquele frio na espinha que eu tinha, então voltou/ A cada estação ele aumentava/ Eu não sabia se descia ou se eu continuava/ A procura de uma distração/ Olhava o vagão lotado, a movimentação/ Aquele povo indo pra algum lugar/ Trabalhar, estudar, passear, roubar, sei lá/ Vi uma mina bonita, discreta/ Pinta de modelo, corpo de atleta/ Eu vi um cara lendo concentrado/ Naipe de estudante, daqueles filhos dedicados/ Vi uma tia crente em pé cansada/ De cor escura com a pele enrugada/ Ela me fez lembrar/ Parece a mãe da vítima, como será que ela deve estar/.../ Cheguei no prédio da Ipiranga com a São João/ Respirei fundo, subi a manga do meu camisão/ Decisão eu tô trêmulo/ Mó responsa não, não entendo/ Muita calma sempre é preciso/ Proibido fumar li no aviso/ Um porteiro tiozinho lembra meu pai/ Que andar? Qual andar que você vai?/ No décimo, me sinto péssimo/ A balança fez questão de mais um acréscimo/ Elevador quebrado/ Tem dia que é melhor não acordar que dá tudo errado/ Fui pela escada contando cada degrau/ Cada passada chegava o juízo final/ Tive a sensação de alguém me olhando/ Parecia me seguir tava ali me gorando/ Senti um calafrio/ Recordei daquela cena que você não viu/ Do capote, de um grito forte, dos holofotes/ Um vacilo seu já era, resulta em morte/ Daquela Kombi velha partida ao meio/ Daquela hora que eu tentei pisar no freio/ Andar por andar, onde eu tô não importa/ Lembra da vítima cheguei na porta/ -Então Smurf, é isso aí, deu pra você entender? -É embaçado heim Cocão, que fita hein! -É o seguinte aí, passou eu acho que uns 3 anos, 3, 4 anos de corre pra lá e pra cá, tentando se acertar com a justiça, pagando o que eu devia Graças a Deus, aí hoje eu tô firmão, não devo mais nada pra ninguém, me acertei com Deus e principalmente com a família lá,ta ligado com a justiça também, e é o seguinte né, a vida tem que continuar, tá ligado...
Cê quer saber Então vou te falar Porque as pessoas sadias adoecem Bem alimentadas ou não Porque perecem? Tudo está guardado na mente! O que você quer nem sempre Condiz com o que o outro sente Eu tô falando é de atenção Que dá colo ao coração e faz marmanjo chorar Se faltar Um simples sorriso Ou às vezes um olhar E que se vem da pessoa errada Não conta A amizade é importante Mas o amor escancara a tampa E o que te faz feliz Também provoca a dor A cadência do surdo no coro que se forjou E aliás, cá pra nós, até o mais desandado Dá um tempo na função quando percebe que é amado E as pessoas se olham e não se falam Se esbarram na rua e se maltratam Usam a desculpa de que nem cristo agradou Falô, você vai querer mesmo se comparar com o senhor? As pessoas não são más Elas só estão perdidas Ainda há tempo Não quero ver Você triste assim não Que a minha música possa Te levar amor 2x Exemplo não sou, estou longe de ser Cidadão comum com vontade de vencer Rap, rap, que energia é essa? Um dom, um carma uma dívida, uma prece E infelizmente tem Alguns que desmerecem É tanta coisa na cabeça sai fora, me esquece Sem saúde, sem paz o nosso povo padece No grajaú, só Num frio de dar dó Esperando a lotação pra ir pro evento de rap Lembrei de alguém Que não está mais entre a gente A dona morte vem Carrega os manos na mó pressa Uma estrela a mais no céu O rimador falta na terra Deus sabe sempre o que tá fazendo Mesmo sabendo disso eu sofro Vai vendo Quem tem noção das coisas Sente o peso da maldade A cobrança é maior A inteligência traz vaidade Quem se deixou levar Fraquejou, essa é a verdade Aprenda com os erros Não se sinta um covarde Na praia jesus me carregou no colo Eu vi um par de pegadas Não entendi o óbvio Que o fardo não é maior Do que eu posso carregar Se a vida é o jogo então Vamos ganhar! As pessoas não são más Elas só estão perdidas Ainda há tempo Não quero ver Você triste assim não Que a minha música possa Te levar amor 2x Então me fala, fala Pergunta que não cala Se o rap é pro bem então Por que tanta gente atrapalha? Com o poder da mente a maldade paraliso O mecanismo do sistema é sugar sua alma vivo Seu sangue, seu suor São só um detalhe nisso Chuva ácida será bem pior Que um lançamento de um míssil Entre o céu e o inferno No grajaú me localizo Flutuando na hipocrisia Do lodo e do fascismo Pronto pra rimar Um doido criolo mestiço Eu não sou preto Eu não sou branco Eu sou do rap Eu sou bem isso Quem perdeu a noção Por luxúria tá perdido Quem perdeu a razão Por dinheiro eu nem te digo Saúde e microfone É fórmula de que preciso Porque se o rap tá comigo Eu não me sinto excluído As pessoas não são más Elas só estão perdidas Ainda há tempo Não quero ver Você triste assim não Que a minha música possa Te levar amor 2x
Alls my life I has to fight, nigga Alls my life I Hard times like: God! Bad trips like: Yeah! Nazareth, I'm fucked up Homie, you fucked up But if God got us, then we gon' be alright Nigga, we gon' be alright Nigga, we gon' be alright We gon' be alright Do you hear me, do you feel me? We gon' be alright Nigga, we gon' be alright Huh? We gon' be alright Nigga, we gon' be alright Do you hear me, do you feel me? We gon' be alright Uh, and when I wake up I recognize you're looking at me for the pay cut But homicide be looking at you from the face down What MAC-11 even boom with the bass down? Schemin', and let me tell you 'bout my life Painkillers only put me in the twilight Where pretty pussy and Benjamin is the highlight Now tell my momma I love her, but this what I like, Lord knows 20 of 'em in my Chevy, tell 'em all to come and get me Reaping everything I sow, so my karma comin' heavy No preliminary hearings on my record I'm a motherfucking gangster in silence for the record Tell the world I know it's too late Boys and girls, I think I gone cray Drown inside my vices all day Won't you please believe when I say Wouldn't you know We been hurt, been down before Nigga, when our pride was low Lookin' at the world like, "Where do we go?" Nigga, and we hate po-po Wanna kill us dead in the street fo sho' Nigga, I'm at the preacher's door My knees gettin' weak, and my gun might blow But we gon' be alright Nigga, we gon' be alright Nigga, we gon' be alright We gon' be alright Do you hear me, do you feel me? We gon' be alright Nigga, we gon' be alright Huh? We gon' be alright Nigga, we gon' be alright Do you hear me, do you feel me? We gon' be alright What you want you: a house or a car? 40 acres and a mule? A piano, a guitar? Anything, see my name is Lucy, I'm your dog Motherfucker, you can live at the mall I can see the evil, I can tell it, I know it's illegal I don't think about it, I deposit every other zero Thinking of my partner, put the candy, paint it on the Regal Digging in my pocket, ain't a profit big enough to feed you Everyday my logic get another dollar just to keep you In the presence of your chico... Ah! I don't talk about it, be about it, everyday I sequel If I got it then you know you got it, Heaven, I can reach you Pet dog, pet dog, pet dog, my dog, that's all Pick back and chat, I trap the back for y'all I rap, I black on track so rest assured My rights, my wrongs; I write 'til I'm right with God Wouldn't you know We been hurt, been down before Nigga, when our pride was low Lookin' at the world like, "Where do we go?" Nigga, and we hate po-po Wanna kill us dead in the street fo sho' Nigga, I'm at the preacher's door My knees gettin' weak, and my gun might blow But we gon' be alright Nigga, we gon' be alright Nigga, we gon' be alright We gon' be alright Do you hear me, do you feel me? We gon' be alright Nigga, we gon' be alright Huh? We gon' be alright Nigga, we gon' be alright Do you hear me, do you feel me? We gon' be alright I keep my head up high I cross my heart and hope to die Lovin' me is complicated Too afraid, a lot of changes I'm alright, and you're a favorite Dark nights in my prayers I remembered you was conflicted Misusing your influence, sometimes I did the same Abusing my power, full of resentment Resentment that turned into a deep depression Found myself screamin' in the hotel room I didn't wanna self-destruct The evils of Lucy was all around me So I went runnin' for answers
"Entre as alterações está A redução de 25 A idade mínima pra compra de armas" "O registro da arma será de graça E poderá ser feito ser feito por órgãos estaduais e do Distrito Federal E não mais apenas pela Polícia Federal" "Calibre trinta e oito Dois disparos Desse revólver" [Refrão: Sandrão & Calado] As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam Na rua ou no beco, de dia ou à noite Inimigos, antigos amores Pelo crime ou na lei dos homens Alguém matou com uma arma hoje As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam Na rua ou no beco, de dia ou à noite Inimigos, antigos amores Pelo crime ou na lei dos homens Alguém matou com uma arma hoje [Verso 1: Sandrão] Quem defende a arma tem que pensar Na rua, os motoristas vão se armar (Se armar) Os pai de família tudo vão se armar (Se armar) A juventude, os que sofrem vão se armar (Ok) Não vamo andar pra trás (Não discute) Quem saca vive mais (Não discute) Vamo entrar em exceção, pois pra se defender Vão ver quem mata mais (Prrá) Casos conjugais Briga no trânsito ou acidentais Intrigas fatais Polícia que mata quadrilhas rivais Saiu nos jornais Dentro de casa um fi mata um pai Uma mina sem pais Atirou na amiga pra ter o rapaz Na escola o doente foi com um revólver, dois pentes Matou adolescentes Um marido demente Mata esposa inocente com os filhos presentes Outro dia um molecote Matou toda família pois tinha um revólver Ainda disse o repórter Brasil é recorde em morte de jovem [Refrão: Sandrão & Calado] As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam Na rua do beco, de dia ou à noite Inimigos, antigos amores Pelo crime ou na lei dos homens Alguém matou com uma arma hoje As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam Na rua do beco, de dia ou à noite Inimigos, antigos amores Pelo crime ou na lei dos homens Alguém matou com uma arma hoje Quem vende a arma tem que pensar (Pensar) A violência até você vai chegar (Chegar) Mais de cem por dia estão morrendo já (Já tá) Mas ainda tem muita arma pra se comprar (Não se discute) Não só do Paraguai (Tem mais) Tem também nacionais (Tem mais) E não dá, a sociedade com armas de fogo é arriscado demais[Verso 4: Helião] Parceiro, não é grande São vinte milhões armados, matantes E os fabricantes fabricam aos montes O povo que compre Dinheiro montante Campanha, eleição, a mídia esconde Político, aonde Não há quem afronte, ninguém vai na fonte Pesquisas revelam Morrem menos nas guerras que em nossas favelas Justiça é cega Impunidade, racismo, corrupto faz festa Revólver não presta Uma simples defesa, ou mata ou aleija Covarde é uma merda Na mão troca ideia, armado é uma fera Quem nos dera Sem miséria, sem favela Ao invés das bocas, igrejas, sinos e capelas Temos pressa Desarmamento não é comédia Sangue na tela Tiroteio, caixão e velas[Refrão: Sandrão & Calado] As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam Na rua do beco, de dia ou à noite Inimigos, antigos amores Pelo crime ou na lei dos homens Alguém matou com uma arma hoje As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam As armas que matam, as armas que matam Na rua do beco, de dia ou à noite Inimigos, antigos amores Pelo crime ou na lei dos homens Alguém matou com uma arma hoje
"Eu quero falar dos que mamam Dos marmanjos, safados, sem vergonhas, cafajestes Que infestam a política nacional É na mão dessa gente que fica a conta do governo do Estado (O Governo corre para tentar impedir a instalação das CPI's) (Botando dinheiro na cueca?) Canalhas consagrados. Canalhas, corruptos, vagabundos!" 500 mil políticos, empresários, banqueiros Não podem controlar 200 milhões de brasileiros A cooperação é a mística, que muda a política Além da estatística, revolução pacífica Ninguém reconhece um Gandhi na Cinelândia Mas todos reconhecem um menor na Cracolândia Enquanto uma pequena taxa da população que ganha Em cima leva os filhos pra viajar na Disneylândia Os índios dizimados pelo poder do Estado Hoje usando Nike e por doenças afetados Falam do holocausto que aconteceu na Europa Mas não se estuda a África nem o país da copa Nacionalista, não quer dizer ser Socialista A minha posição é somente de Humanista Tiram onda de refinados, mas a miséria é grosseira Não se espante quando ouvir uma testemunha verdadeira Capitania hereditária, vendendo a Amazônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Em seus filhos tão sofridos horas a fio de insônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Maior taxa tributária, queima queima Babilônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Deputados passam férias em Fernando de Noronha "Sai um canalha e entra outro!" Nem sempre pude tá no colo da minha mãe Por que Collor podia tá tomando a taça de champanhe Não tenho tanta instrução, mas tenho os meus argumentos Retrato de um brasileiro educado pelo entretenimento Quase 100 mil vão pro estádio, compram o ingresso Mas nem metade fazem um protesto na frente do congresso Desordem em progresso, com a ordem o regresso País da ilusão, do carnaval e do sucesso Fico possesso e não cesso expresso poder poético Válvula de expressão revolução de modo ético Os piores criminosos tu nunca vai saber ao certo Dá arrepio imaginar que quase nada é descoberto Ligo a televisão e quase nenhum canal salva Aprisionam sua mente e ainda vendem sua alma Pra entrar na política e tentar conseguir ajuda Jesus Cristo teria que vir disfarçado de Judas Capitania hereditária, vendendo a Amazônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Em seus filhos tão sofridos horas a fio de insônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Maior taxa tributária, queima queima Babilônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Deputados passam férias em Fernando de Noronha "A corrupção nesse país está no DNA Vi ontem dessa tribuna um deputado falar imoral Os bons costumes, quando o pai dele tá preso O tio tá preso e ele é um "laranja" dos dois Roubando o quê? Vacina e remédio de criança O pai é ladrão, denunciado na CPI e enquadrado por corrupção O filho tá no mesmo inquérito Agora não tô falando do pai que já saiu Tô falando do filho que quer entrar no rabo do pai Já tá pedindo voto aqui Quanto mais ladrão mais querido, mais simpático Trouxemos a mulher dele pra depor Ele é muito pior do que o pai Por que eu tenho até mapa da sua atuação Posso garantir ao senhor" Ladrão no Brasil se faz, como fez P. C. Farias Desrespeito com o povo, busão cheio todo dia Serviço obrigatório por uma empresa privada Taxa alta e o serviço na descarga da privada O político tem que usar o mesmo hospital Que o menor que tá jogando as bolinhas no sinal Na matemática do Brasil é diferente ser igual Na fração dos dividendos subtraem sua moral Pátria amada brasil, eu te amo tanto Mas odeio ver seus filhos sem escola pelos cantos Mas odeio ver o estado dos hospitais do estado Se a família não acompanha o paciente é abandonado Quanto menos uma vida, um sorriso do banqueiro Que ganha uma fortuna com a desgraça do brasileiro Financiam as campanhas, rabo preso por dinheiro Zeitgeist 1, 2, 3, já vi esse filme inteiro Capitania hereditária, vendendo a Amazônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Em seus filhos tão sofridos horas a fio de insônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Maior taxa tributária, queima queima Babilônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? "Ninguém se dispôs a levantar a podridão do seu comportamento" Petrobrás em leis de incentivo banca o cinema Mas em um vazamento destrói todo um ecossistema Uma empresa decidir o rumo de uma cultura É o mesmo que o Sol girar em torno da Lua Existem coisas na vida que não tem volta Tanto nosso dinheiro, quanto a nossa revolta Tanto um mico leão, quanto um urso panda Só que essa informação não vai pra propaganda Evento pago em patrocínio através da Rouanet Mas 40 conto a entrada, irmão? Não dá pra entender Depois reclamam que o povo não tem acesso à cultura Não queremos só comida, queremos acesso sem censura Poder de opção e investimento maciço Não nas Ilhas Cayman e nem no seu banco suíço Cidadão brasileiro, não se canse Tenha fé que a liberdade sempre estará ao alcance Capitania hereditária, vendendo a Amazônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Em seus filhos tão sofridos horas a fio de insônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Maior taxa tributária, queima queima Babilônia Que vergonha pátria amada, até quando Brasil colônia? Deputados passam férias em Fernando de Noronha "Eu estou indignada senhor presidente Corrupção, formação de quadrilha, artigo 288 Corrupção passiva, artigo 317 Advocacia administrativa artigo 321 do Código Penal E ele vem com cinismo aqui e se lança Se lança do vão da Ponte Rio-Niterói" Em Brasilia, formação de quadrilha Nas Câmaras Municipais, formação de quadrilha Nas milícias, formação de quadrilha Nos governos estaduais, formação de quadrilha Em Brasília! Formação de quadrilha Em Brasília! Formação de quadrilha Em Brasília! Formação de quadrilha Quase todos são: vagabundos! "Eu vou dar os nomes dos deputados associados à essa camarilha E acho que vão sobrar poucos... Obrigada"
Às vezes eu paro e reparo, fico a pensar qual seria meu destino senão cantar um rejeitado, perdido no mundo, é um bom exemplo irei fundo no assunto, fique atento A sarjeta é um lar não muito confortável O cheiro é ruim, insuportável O viaduto é o reduto nas noites de frio onde muitos dormem, e outros morrem, ouviu ? São chamados de indigentes pela sociedade A maioria negros, já não é segredo, nem novidade Vivem como ratos jogados, homens, mulheres, crianças, Vítimas de uma ingrata herança A esperança é a primeira que morre E sobrevive a cada dia a certeza da eterna miséria O que se espera de um país decadente onde o sistema é duro, cruel, intransigente Beco sem saída ! Mas muitos não progridem na verdade porque assim não querem Ficam inertes, não se movem, não se mexem Sabe por que se sujeitaram a essa situação ? não pergunte pra mim, tire você a conclusão Talvez a base disso tudo esteja em vocês mesmos E a conseqüência é o descrédito de nós negros Por culpa de você, que não se valoriza Eu digo a verdade, você me ironiza A conclusão da sociedade é a mesma que, com frieza, não analisa, generaliza e só critica, o quadro não se altera e você ainda espera que o dia de amanhã será bem melhor Você é manipulado, se finge de cego Agir desse modo, acha que é o mais certo Fica perdida a pergunta, de quem é a culpa do poder, da mídia, minha ou sua ? As ruas refletem a face oculta de um poema falso, que sobrevive às nossas custas A burguesia, conhecida como classe nobre tem nojo e odeia a todos nós, negros pobres Por outro lado, adoram nossa pobreza pois é dela que é feita sua maldita riqueza Beco sem saída ! "-É, meu mano KL Jay. O poder mente, ilude, e domina a maioria da população, carente da educação e cultura. E é dessa forma que eles querem que se proceda. Não é verdade? "-É, pode crê !" Nascem, crescem, morrem, passam desapercebidos E a saída é esta vida bandida que levam roubando, matando, morrendo, entre si se acabando Ei mano, dê-nos ouvidos! Os poderosos ignoram os direitos iguais Desprezam e dizem que vivam comos mendigos a mais Não sou um mártir que um dia irá te salvar No momento certo, você pode se condenar Não jogamos a culpa em quem não tem culpa Só falamos a verdade e a nossa parte você sabe de cór Atravesse essa muralha imaginária em sua cabeça, sem ter medo de falhas Se conseguiram derrubar uma muralha real, de pedra você pode conseguir derrubar esta Leia, ouça, escute, ache certo ou errado mas meu amigo, não fique parado Isso tudo vai ser apenas um grito solitário Em um porão fechado, tome cuidado, não esqueça o grande ditado : Cada um por si ! Siga concordando com tudo que eu digo (normal) Pois pra você parece mais um artigo (jornal) Esse é o meu ponto de vista, não sou um moralista deixe de ser egoísta, meu camarada, persista, É só uma questão: será que você é capaz de lutar? É difícil, mas não custa nada tentar "-Ei cara, o sentido disto tudo está em você mesmo. Pare, pense, e acorde, antes que seja tarde demais O dia de amanhã te espera, morô? Edy Rock, KL Jay, Racionais!" Beco sem saída ! (podicrê, né não ?) Beco sem saída ! (aí mano) Beco sem saída ! (certo !) Beco sem saída ! Beco sem saída ! Beco sem saída ! Beco...beco...beco sem saída, beco sem saída, beco sem saída!
Por mais que você corra, irmão Pra sua guerra vão nem se lixar Esse é o xis da questão Já viu eles chorar pela cor do orixá? E os camburão o que são? Negreiros a retraficar Favela ainda é senzala, Jão! Bomba relógio prestes a estourar O tempero do mar foi lágrima de preto Papo reto como esqueletos de outro dialeto Só desafeto, vida de inseto, imundo Indenização? Fama de vagabundo Nação sem teto, Angola, Keto, Congo, Soweto A cor de Eto'o, maioria nos gueto Monstro sequestro, capta-tês, rapta Violência se adapta, um dia ela volta pu cêis Tipo campos de concentração, prantos em vão Quis vida digna, estigma, indignação O trabalho liberta (ou não) Com essa frase quase que os nazi, varre os Judeu, extinção Depressão no convés Há quanto tempo nóiz se fode e tem que rir depois Pique Jack-ass, mistério tipo lago Ness Sério és, tema da faculdade em que não pode por os pés Vocês sabem, eu sei Que até Bin Laden é made in USA Tempo doido onde a KKK, veste Obey (é quente memo) Pode olhar num falei? Aê, nessa equação, chata, polícia mata, plow! Médico salva? Não! Por quê? Cor de ladrão Desacato, invenção, maldosa intenção Cabulosa inversão, jornal distorção Meu sangue na mão dos radical cristão Transcendental questão, não choca opinião Silêncio e cara no chão, conhece? Perseguição se esquece? Tanta agressão enlouquece Vence o Datena com luto e audiência Cura, baixa escolaridade com auto de resistência Pois na era Cyber, cêis vai ler Os livro que roubou nosso passado igual alzheimer, e vai ver Que eu faço igual burkina faso Nóiz quer ser dono do circo Cansamos da vida de palhaço É tipo Moisés e os Hebreus, pés no breu Onde o inimigo é quem decide quando ofendeu ('Cê é loco meu!) No veneno igual água e sódio (vai, vai, vai) Vai vendo sem custódio Aguarde cenas no próximo episódio Cês diz que nosso pau é grande Espera até ver nosso ódio Por mais que você corra, irmão Pra sua guerra vão nem se lixar Esse é o xis da questão Já viu eles chorar pela cor do orixá? E os camburão o que são? Negreiros a retraficar Favela ainda é senzala, Jão Bomba relógio prestes a estourar
Brenda's got a Baby Brenda's got a Baby [2pac] I hear Brenda's got a baby Well, Brenda's barely got a brain A damn shame Tha girl can hardly spell her name (That's not our problem, that's up ta Brenda's family) Well let me show ya how it affects tha whole community Now Brenda never really knew her moms and her dad was a junky Went in debt to his arms, it's sad Cause I bet Brenda doesn't even know Just cause your in tha ghetto doesn't mean ya can't grow But oh, that's a thought, my own revelation Do whatever it takes ta resist tha temptation Brenda got herself a boyfriend Her boyfriend was her cousin, now lets watch tha joy end She tried to hide her pregnancy, from her family Who didn't really care to see, or give a damn if she Went out and had a church of kids As long as when tha check came they got first dibs Now Brenda's belly is gettin bigger But no one seems ta notice any change in her figure She's 12 years old and she's having a baby In love with tha molester, who's sexing her crazy And yet she thinks that he'll be with her forever And dreams of a world with tha two of them are together, whatever He left her and she had tha baby solo, she had it on tha bathroom floor And didn't know so, she didn't know, what ta throw away and what ta keep She wrapped tha baby up and threw him in tha trash heep I guess she thought she'd get away Wouldn't hear tha cries She didn't realize How much tha tha little baby had her eyes Now tha babys in tha trash heep balling Momma can't help her, but it hurts ta hear her calling Brenda wants ta run away Momma say, you makin' me lose pay Tha social workers here everyday Now Brenda's gotta make her own way Can't go to her family, they won't let her stay No money no babysitter, she couldn't keep a job She tried ta sell crack, but end up getting robbed So now what's next, there ain't nothin left ta sell So she sees sex as a way of leavin hell It's payin tha rent, so she really can't complain Prostitute, found slain, and Brenda's her name She's got a baby Baaby (don't you know she's got a baby) (don't you know she's got a baby) (don't you know she's got a baby) (don't you know she's got a baby) (don't you know she's got a baby) (don't you know she's got a baby)
Direto do hospício que chamam de favela Aqui mais um maluco que não acredita em novela Se a vida é bela na tela tudo bem, Quem é louco como eu veste camisa de força também. Minha loucura é simples de ser compreendida. Me transformaram em canibal, em preto suícida Inconformado mensageiro da verdade Vendo o povo agonizado às margens da sociedade Que massacra, destrói, humilha, Transforma seu filho em ladrão E prostitui sua filha. Te escraviza, te humilha, te mata Enquanto o verdadeiro ladrão usa terno e gravata, Não manuseia fuzil, nem escopeta Mata milhões de brasileiros só com uma caneta Fica impune e não vai preso, Ele não é pobre, não é preto Se for condenado fica em cela separada Com televisão, frigobar e água gelada Criminoso com nível superior, financia a guerra, ódio, o rancor A burguesia faz questão de não entender, Disca 190 e manda os homem me prender O sociólogo me ouve e fica puto, Diz que esse bagulho de RAP é coisa de maluco Analfabeto, ignorante sem cultura Diz que quem é sábio com favelado nunca se mistura Quem diria, que sabedoria, Estudou em outro país e agora tem pavor da maioria MV Bill um maluco chapa quente Que não aceita as covardia assim tão facilmente, Eu to ligado que a elite me odeia, Me chama de bandido e diz que mulher preta é feia Eu na cadeia sentiriam até pena, Menos um problema MV está fora de cena, O pesadelo que elite não que ter, Bater de frente com alguém da CDD Trema na base quando vê o Bill, Chama a polícia quando vê o Bill, Aquele preto com o corpo tatuado Denunciando a pobreza e a miséria no Brasil Tem muita coisa na TV que eu não curto Só mais um maluco Só mais um maluco Tem muita coisa no rádio que eu nem escuto Só mais maluco Só mais um maluco Eu nasci assim, por isso eu nunca mudo Só mais maluco Só mais um maluco E com vidinha de artista, não me iludo Só mais um maluco Só mais um maluco Manda os homem, me prender me deixa puto Só mais um maluco Só mais um maluco Na hora de falar, eu nunca fico mudo Só mais um maluco Só mais um maluco Na minha cabeça eu descobri tem um distúrbio Só mais um maluco Só mais um maluco Lá na favela Dona Rosa, tá de luto Só mais um maluco Só mais um maluco A madame se assustou, a favela me deu dez Quando eu entrei sem camisa de pistola no Free Jazz Pra quem dúvida ainda tem muito mais, Eu faço apologia não do crime e sim do paz Roupa branca sem pensar na maioria, Pedir paz sem justiça é utopia A guerra me parece inevitável Pra quem vive na posição desfavorável Sufocada, amontoada aqui no morro Se a população se revoltar Não grite por socorro É o armamento o povo que se formar Veja seu descaso e arrogância no que vai parar Pode esnobar quem vive de baixa renda, Quando o sangue bater em sua porta espero que você entenda E descubra que ser preto e pobre é foda Sociedade hipócrita só lembra de ser brasileiro na copa Fora de moda em cima do toque africano, desobediente, Troque o pente enquanto vou falando, Militando, declamando, rimando, versando, brigando, Gritando, morrendo e a mesmo tempo matando Meu país cadê sua raiz, aqui o povo que não luta è chamado de feliz E segue a risca os padrões da burguesia. A mesma que assimila a dança com pornográfica Influência minha sobrinha e sua tia, Na frente do espelho imitando a coreografia, Incentivando a brutal pedofilia, Eu creio em Deus pai todo poderoso o único que me guia, Se for pra ser feliz assim, serei maluco até o fim E se uma guerra amanhã estourar, sei qual o lado eu vou estar. È muito confuso, é muito sinistro quem causa a miséria aqui Jura ter amor a cristo e com seu ar superior Não tem respeito pelo gay, pelo idoso, pelo pobre e pelo preto. Trema na base quando ver o bill Chama a polícia quando ver o bill. Aquele preto com o corpo tatuado Denunciando a pobreza e a miséria do Brasil Tem muita coisa na TV que eu não curto Só mais um maluco Só mais um maluco Tem muita coisa no rádio que eu nem escuto Só mais maluco Só mais um maluco Eu nasci assim, por isso eu nunca mudo Só mais maluco Só mais um maluco E com vidinha de artista, não me iludo Só mais um maluco Só mais um maluco Manda os homem, me prender me deixa puto Só mais um maluco Só mais um maluco Na hora de falar, eu nunca fico mudo Só mais um maluco Só mais um maluco Na minha cabeça eu descobri tem um distúrbio Só mais um maluco Só mais um maluco Lá na favela Dona Rosa, tá de luto Só mais um maluco Só mais um maluco
Canão foi tão bom, poder falar pro dom Que aprendi com o jão como obter mais alegria Cara, sempre informação, sangue puro e bom Pras drogas basta um simples não, o dom da opinião A vida é a sua cara, eu me dou bem no som Na raça, um espectrom, quem sai do rojão É, tio, sem drama, face a face com o subúrbio O mandarim, Sabote, o Maurin, o núcleo Registra e mete a cara, jamais a ideologia falha Ganha a quem produz um som de jão pros tio, né Ganja? Falar podre do bairro onde eu nasci, que agradei, pá A mesma viatura pra enquadrar, lembrar das mina Mulher, vocês são lindas, vós periferia A criançada agita, pula amarelinha aguila gira, ciranda cirandinha é muita treta Talvez melhor que um menas treta Brooklyn, o que será de ti? Regar a paz, eu vim Jesus já foi assim, brigas traz intrigas, ai de mim Se não tolin, zé povim quer meu fim Se esperar, apodrece, se decompõe Se a gente faz, corre atrás, pede a paz, eles esquecem Sempre assim, crocodilo hoje só rasteja em solo fértil Crime, ouro, dólar, bola fora, esquece Os vermes eleitos querem, seus votos, preferem Paralisia infantil no morro, cresce Ele observe, o crime impede, tu confere A mãe, o pivete, sujeito mais que pé de breque Se eu to com frio, fome, fúria, trombo, clique-clack Sei que eles doam, mas não pros morros, pra Unicef Pobres esquecem, a mãe maior nos aparece e pede O fim maior está tão breve, filho então que reze Anda ló, vejo na maló, ó só, ainda mais pobre do que eu Ai, que dó Na parte de cima, Morro da Macumba, Catarina Sem estudo, liga. Criança coroinha O medo, vejo se aproxima Às vezes não tem nem pista, veja só que fita Ele desceu da lotação, sofreu chacina No bolso uma anistia, de botucão, beck do bom Um beck muito louco e a maldita, a heroína A tal da bomba da Hiroshima Aqui se faz o fim pra periferia Melhor jogar pra cima que tomar Tio, vou falar, delito óbvio Sangue, suor, amor e ódio, roubada Se não ter fé, tio, se tranca em casa Não saia, ligue a Tv, talvez você vai ver Pode crê, me vê num outdoor Querem me pegar pra ló, vê se pó- De menor problema saiba até maló Dou valor pros fó Ter dó de quem vem se arriscar na vida bandida O custo de vida dá laço sem nó Lembra a vó, ó, dá mó dó Criança na periferia vive sem estudo e só A mercê da mó, tio, tuisabó Do mandarim de vol- Ta pra rima, voz bem lá em cima, essa é a sina Destino indica a correria de um homem Alternativa pra criança aprender basta que ensina Essa é a verdade, criança aprende cedo a ter caráter A distinguir sua classe, estude, marque Seja um Martin, às vezes um Luther King, um Sabotage Brooklyn, o que será de ti? Regar a paz, eu vim Jesus já foi assim, brigas traz intrigas, ai de mim Se não tolin, zé povim quer meu fim Se esperar, apodrece, se decompõe Se a gente faz, corre atrás, pede a paz, eles esquecem Sempre assim, crocodilo hoje só rasteja em solo fértil (x2)
60% dos jovens de periferia sem antecedentes criminais já sofreram violência policial A cada 4 pessoas mortas pela polícia, 3 são negras Nas universidades brasileiras apenas 2% dos alunos são negros A cada 4 horas, um jovem negro morre violentamente em São Paulo Aqui quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente Minha intenção é ruim Esvazia o lugar Eu tô em cima, eu tô afim Um, dois pra atirar Eu sou bem pior do que você tá vendo O preto aqui não tem dó É 100% veneno A primeira faz bum, a segunda faz tá Eu tenho uma missão e não vou parar Meu estilo é pesado e faz tremer o chão Minha palavra vale um tiro e eu tenho muita munição Na queda ou na ascensão, minha atitude vai além E tenho disposição pro mal e pro bem Talvez eu seja um sádico Ou um anjo Um mágico O juiz ou o réu Um bandido do céu Malandro ou otário Padre sanguinário Franco atirador se for necessário Revolucionário Insano Ou marginal Antigo e moderno Imortal Fronteira do céu com o inferno Astral imprevisível Como um ataque cardíaco No verso Violentamente pacífico Verídico Vim pra sabotar seu raciocínio Vim pra abalar o seu sistema nervoso e sanguíneo Pra mim ainda é pouco Brown cachorro louco Número 1 dia Terrorista da periferia Uni-duni-tê O que eu tenho pra você Um rap venenoso ou uma rajada de PT E a profecia se fez como previsto 1 9 9 7 depois de Cristo A fúria negra ressuscita outra vez Racionais capítulo 4 - versículo 3 Aleluia, aleluia Racionais no ar, filha da puta, pá, pá, pá Faz frio em São Paulo Pra mim tá sempre bom Eu tô na rua de bombeta e moletom Dim dim dom Rap é o som Que emana do opala marrom E aí Chama o Guilherme Chama o Vander Chama o Dinho E o Gui Marquinho chama o Éder, vamo aí Se os outros manos vem, pela ordem tudo bem Melhor Quem é quem no bilhar no dominó Colô dois manos Um acenou pra mim De jaco de cetim De tênis, calça jeans Ei Brown, sai fora Nem vai, nem cola Não vale a pena dar ideia nesses tipo aí Ontem à noite eu vi na beira do asfalto Tragando a morte, soprando a vida pro alto Ó os cara só o pó, pele o osso No fundo do poço, traz flagrante no bolso Veja bem, ninguém é mais que ninguém Veja bem, veja bem, eles são nosso irmãos também Mas de cocaína e crack Whisky e conhaque Os manos morrem rapidinho sem lugar de destaque Mas quem sou eu pra falar De quem cheira ou quem fuma Nem dá Nunca te dei porra nenhuma Você fuma o que vem Entope o nariz Bebe tudo o que vê Faça o diabo feliz Você vai terminar tipo o outro mano lá Que era um preto tipo a Ninguém entrava numa Mó estilo De calça Calvin Klein E tênis puma Um jeito humilde de ser No trampo e no rolê Curtia um funk Jogava uma bola Buscava a preta dele no portão da escola Exemplo pra nós, mó moral, mó ibope Mas começou colar com os branquinhos do shopping "Aí já era" Ih mano outra vida, outro pique Só mina de elite Balada, vários drink Puta de butique Toda aquela porra Sexo sem limite Sodoma e Gomorra Faz uns nove anos Tem uns quinze dias atrás eu vi o mano Cê tem que vê Pedindo cigarro pros tiozinho no ponto Dente tudo zoado Bolso sem nenhum conto O cara cheira mal As tia sente medo Muito louco de sei lá o quê logo cedo Agora não oferece mais perigo Viciado Doente Fudido Inofensivo Um dia um PM negro veio embaçar E disse pra eu me pôr no meu lugar Eu vejo um mano nessas condições: não dá Será assim que eu deveria estar? Irmão, o demônio fode tudo ao seu redor Pelo rádio, jornal, revista e outdoor Te oferece dinheiro, conversa com calma Contamina seu caráter, rouba sua alma Depois te joga na merda sozinho Transforma um preto tipo A num neguinho Minha palavra alivia sua dor Ilumina minha alma Louvado seja o meu senhor Que não deixa o mano aqui desandar ah E nem sentar o dedo em nenhum pilantra Mas que nenhum filha da puta ignore a minha lei Racionais capítulo 4 versículo 3 Aleluia...aleluia...racionais no ar filha da puta, pá, pá, pá Quatro minutos se passaram e ninguém viu O monstro que nasceu em algum lugar do Brasil Talvez o mano que trampa de baixo do carro sujo de óleo Que enquadra o carro forte na febre com sangue nos olhos O mano que entrega envelope o dia inteiro no sol Ou o que vende chocolate de farol em farol Talvez o cara que defende o pobre no tribunal Ou que procura vida nova na condicional Alguém num quarto de madeira lendo à luz de vela Ouvindo um rádio velho no fundo de uma cela Ou da família real de negro como eu sou Um príncipe guerreiro que defende o gol E eu não mudo mas eu não me iludo Os mano cu de burro têm, eu sei de tudo Em troca de dinheiro e um cargo bom Tem mano que rebola e usa até batom Vários patrícios falam merda pra todo mundo rir Ah ah, pra ver branquinho aplaudir É, na sua área tem fulano até pior Cada um, cada um: você se sente só Tem mano que te aponta uma pistola e fala sério Explode sua cara por um toca fita velho Click pláu pláu pláu e acabou Sem dó e sem dor Foda-se sua cor Limpa o sangue com a camisa e manda se foder Você sabe por quê? pra onde vai? pra quê? Vai de bar em bar Esquina em esquina Pegar 50 conto Trocar por cocaína Enfim, o filme acabou pra você A bala não é de festim Aqui não tem dublê Para os manos da Baixada Fluminense à Ceilândia Eu sei, as ruas não são como a Disneylandia De Guaianazes ao extremo sul de santo amaro Ser um preto tipo A custa caro É foda, foda é assistir a propaganda e ver Não dá pra ter aquilo pra você Playboy forgado de brinco: cu, trouxa Roubado dentro do carro na avenida Rebouças Correntinha das moça As madame de bolsa Dinheiro: não tive pai não sou herdeiro Se eu fosse aquele cara que se humilha no sinal Por menos de um real Minha chance era pouca Mas se eu fosse aquele moleque de touca Que engatilha e enfia o cano dentro da sua boca De quebrada sem roupa, você e sua mina Um, dois Nem me viu: já sumi na neblina Mas não, permaneço vivo Não sigo a mística Vinte e sete anos contrariando a estatística Seu comercial de TV não me engana Eu não preciso de status nem fama Seu carro e sua grana já não me seduz E nem a sua puta de olhos azuis Eu sou apenas um rapaz latino-americano Apoiado por mais de 50 mil manos Efeito colateral que o seu sistema fez Racionais capítulo 4 versículo 3
(Introdução) 60 por cento dos jovens de periferia sem antecedentes criminais Já sofreram violência policial A cada quatro pessoas mortas pela policia, três são negras Nas universidades brasileiras Apenas 2 por cento dos alunos são negros A cada quatro horas, um jovem negro morre violentamente Em São Paulo Aqui quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente (Mano Brown) Minha intenção é ruim... esvazia o lugar Eu tô em cima, eu tô afim... um dois pra atirar Eu sou bem pior do que você tá vendo O preto aqui não tem dó... é 100 por cento veneno A primeira faz bum, a segunda faz tá Eu tenho uma missão e não vou parar Meu estilo é pesado e faz tremer o chão Minha palavra vale um tiro... eu tenho muita munição Na queda ou na ascensão, minha atitude vai além E tem disposição pro mal e pro bem Talvez eu seja um sádico, um anjo, um mágico Juiz ou réu, um bandido do céu Malandro ou otário, quase sanguinário Franco atirador se for necessário Revolucionário, insano ou marginal Antigo e moderno, imortal Fronteira do céu com o inferno Astral imprevisível, como um ataque cardíaco no verso Violentamente pacífico, verídico Vim pra sabotar seu raciocínio Vim pra abalar seu sistema nervoso e sanguíneo Pra mim ainda é pouco Brown cachorro louco Numero um... dia terrorista da periferia Uni-duni-tê, eu tenho pra você Um rap venenoso ou uma rajada de Pt E a profecia se fez como previsto 1997 depois de Cristo A fúria negra ressuscita outra vez Racionais capítulo 4 versículo 3 (Ponte) Aleluia (x2) Racionais no ar Filha da puta, pá pá pá (Ice Blue) Faz frio em São Paulo... pra mim tá sempre bom Eu tô na rua de bombeta e moletom Dim dim dom, rap é o som que emana do Opala marrom E aí, chama o Guilherme Chama o Fader, chama o Dinho... e o Di Marquinho, chama o Éder, vamo aí Se os outros mano vem pela ordem tudo bem melhor Quem é quem no bilhar, no dominó (Mano Brown) Colou dois mano, um acenou pra mim De jaco de cetim, de tênis, calça jeans (Ice Blue) Ei Brown, sai fora, nem vai, nem cola Não vale a pena dar idéia nesse tipo aí Ontem à noite eu vi na beira do asfalto Tragando a morte, soprando a vida pro alto Ó os cara só o pó... pele e osso No fundo do poço, mó flagrante no bolso (Mano Brown) Veja bem, ninguém é mais que ninguém Veja bem, veja bem, e eles são nossos irmãos também (Ice Blue) Mar de cocaína e crack, uísque e conhaque Os mano morre rapidinho sem lugar de destaque (Mano Brown) Mas quem sou eu pra falar de quem cheira ou quem fuma? Nem dá... nunca te dei porra nenhuma Você fuma o que vem... entope o nariz Bebe tudo o que vê... faça o diabo feliz Você vai terminar tipo o outro mano lá Que era um preto tipo A... ninguém tava numa Mó estilo de calça Calvin Klein, tênis Puma Um jeito humilde de ser no trampo e no rolê Curtia um funk, jogava uma bola Buscava a preta dele no portão da escola Exemplo pra nóis... mó moral, mó ibope Mas começou a colar com os branquinho do shopping Ai já era... Ih, mano, outra vida, outro pique Só mina de elite, balada, vários drinques Puta de butique, toda aquela porra Sexo sem limite, Sodoma e Gomorra Hãn, faz uns nove anos Tem uns quinze dias atrás eu vi o mano Cê tem que ver... pedindo cigarro pros tiozinho no ponto Dente tudo zuado, bolso sem nenhum conto O cara cheira mal, as tias sente medo Muito louco de sei lá o que logo cedo Agora não oferece mais perigo Viciado, doente, fudido... inofensivo Um dia um Pm negro veio embaçar E disse pra eu me pôr no meu lugar Eu vejo um mano nessas condições, não dá Será assim que eu deveria estar? Irmão, o demônio fode tudo ao seu redor Pelo rádio, jornal, revista e outdoor Te oferece dinheiro, conversa com calma Contamina seu caráter, rouba sua alma Depois te joga na merda sozinho Transforma um preto tipo A num neguinho Minha palavra alivia sua dor Ilumina minha alma, louvado seja o meu senhor Que não deixa o mano aqui desandar E nem senta o dedo em nenhum pilantra Mas que nenhum filha da puta ignore a minha lei Racionais capítulo 4 versículo 3 (Ponte) Aleluia (x2) Racionais no ar Filha da puta, pá pá pá (Edi Rock) Quatro minutos se passaram e ninguém viu O monstro que nasceu em algum lugar do Brasil Talvez o mano que trampa debaixo do carro sujo de óleo Que enquadra o carro forte na febre com o sangue nos olhos O mano que entrega envelope o dia inteiro no sol Ou o que vende chocolate de farol em farol Talvez o cara que defende o pobre no tribunal Ou o que procura vida nova na condicional Alguém no quarto de madeira, lendo à luz de vela Ouvindo rádio velho, no fundo de uma cela Ou o da família real de negro como eu sou Um príncipe guerreiro que defende o gol (Mano Brown) E eu não mudo, mas eu não me iludo Os mano cu de burro têm, eu sei de tudo Em troca de dinheiro e um cargo bom Tem mano que rebola e usa até batom Vários patrícios falam merda pra todo mundo rir Haha, pra ver branquinho aplaudir É, na sua área tem fulano até pior Cada um, cada um... você se sente só Tem mano que te aponta uma pistola e fala sério Explode sua cara por um toca-fita velho Click plau plau plau e acabou Sem dó e sem dor, foda-se sua cor Limpa o sangue com a camisa e manda se fuder Você sabe por que, pra onde vai, pra quê Vai de bar em bar, de esquina em esquina Pega cinquenta conto, troca por cocaína E fim o filme acabou pra você A bala não é de festim, aqui não tem dublê Para os mano da baixada fluminense à Ceilândia Eu sei, as ruas não são como a Disneylândia De Guaianases ao extremo sul de Santo Amaro Ser um preto tipo A custa caro É foda... Foda é assistir a propaganda e ver Não dá pra ter aquilo pra você Playboy forgado de brinco, um trouxa Roubado dentro do carro na Avenida Rebouças Correntinha das moça, as madame de bolsa Dinheiro... não tive pai não sou herdeiro Se eu fosse aquele cara que se humilha no sinal Por menos de um real, minha chance era pouca Mas se eu fosse aquele muleque de touca Que engatilha e enfia o cano dentro da sua boca De quebrada, sem roupa, você e sua mina Um dois, nem me viu... já sumi na neblina Mas não... permaneço vivo, prossigo a mística Vinte e sete anos contrariando a estatística Seu comercial de Tv não me engana Eu não preciso de status nem fama Seu carro e sua grana já não me seduz E nem a sua puta de olhos azuis Eu sou apenas um rapaz latino americano Apoiado por mais de cinquenta mil manos Efeito colateral que o seu sistema fez Racionais capítulo 4 versículo 3
Tupac já dizia: Algumas coisas nunca mudam (2x) São regras do mundão Perdi as contas de quantos escondem a bolsa se eu digo: que horas são? Taxista perguntam mais que os policiais a mim, sim Indescritível como é ruim Nasci vilão, só veneno Com o incentivo que me dão, errado tô se eu não virar mesmo Suor na cara, levando currículo, cara A pé porque onde eu moro, o buso não para Pé de barro, meio dia Inspirando piada nos boy, transpirando medo nas tia Tudo é tão óbvio Cê não vê e vai juntando ingrediente da bomba relógio Eu sinto dor, eu sinto ódio É quente, sem nem saber o nome dessa gente Católica, de bem, linda Se já notou, e ó que eu nem falei a minha cor ainda Refrão: Cê lá faz ideia do que é ver, vidro subir, alguém correr quando avistar você? Não, cê não faz ideia, não faz ideia, não faz ideia. Cê lá faz ideia do que é ver, vidro subir, alguém correr quando avistar você? Não, cê não faz ideia, não faz ideia, não faz ideia. Explica pra assistente social Que pai de gente, igual a gente, não sabe usar a mente, só o pau Que quem educa nóiz, na escola estadual Joga na cara toda manhã o quanto ganha mal Que é incrível, Quantos da gente sentam no final da sala pra ver se ficam invisível Calcula o prejuízo Nossas crianças sonham que quando crescer, vai ter cabelo liso Sem debater, fato Que a fama da minha cor fecha mais portas que zelador de orfanato Cê sabe o quanto é comum, dizer que preto é ladrão Antes mesmo de a gente saber o que é um Na boca de quem apoia, desova e se orgulha da honestidade que nunca foi posta a prova Eu queria te ver lá, tiriça Pra ver onde você ia enfiar essa merda do teu senso de justiça
Prepare as algemas, forme o inquérito, abra o processo que eles estão de volta sem freio na língua, sem meia verdade, história engraçada ou frase bonita. Facção Central, Chico Xavier do Gueto, pondo no papel o que Deus manda, no palco da noite é a munição traçante. O soldado que prefere ser morto do que ser o soldado que municia o inimigo. Não é letra violenta não, cuzão, é a música cantada com o coração. Facção não faz rap pra você, boy, grupo invejoso, Zé povinho, estamos cagando e andando pra opinião de vocês. Extremista célula terrorista, enquanto Deus por ar nos pulmões vamos ser o avião fazendo estrago de ouvido a ouvido. Vitória não é carro, dinheiro e vagabunda.Injetar ódio no cérebro do conformado, informação no desinformado e auto-estima no derrotado. Vive muito boy, não gosto de você, mas não quero seu sangue derramado com as nossas mãos, não quero um dos meus vencendo através do seu cadáver. Vive muito pra um dia ver a favela vencer. Eu acredito muito nisso, pra quem tem fé e persistência tudo é possível. Aí, tinha dois moleques lá no cortiço do centro, que ninguém dava uma moeda e mesmo assim eles derrubaram as portas, sobreviveram ao teste, as coronhadas da policia, fome, e hoje, acredita se quiser, tão aqui tirando seu sono.Passaram de quinta série de escolaridade a PHD em vida, Eduardo e Dum Dum doença que contagia as almas sem voz, certificado de atitude concedido pela favela. Aí, desempregado, doente, órfão, faminto, mendigo, detento, viciado, menor de rua, iludido ou sem ilusão, não importa quem é você, se você tem periferia no peito você é parte de mais um capitulo da nossa história. Direto do campo de extermínio. Adicionar à playlist Tamanho A A Cifra Imprimir Corrigir